Fórum de Estudantes debate protagonismo da juventude no enfrentamento ao golpe

A engenharia, os jovens e o mercado de trabalho foram os temas do segundo debate do Fórum de Estudantes de Engenharia, realizado nesta quinta-feira (7), durante o 11º Consenge. Compuseram a mesa a secretária de juventude da CUT-PR, Denila Coelho, o representante da Empresa Junior da UFPR, Mateus Stefan, o ex-coordenador nacional do CREAJr, Maycon Juan de Souza, e a presidenta da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Izabela Marinho.

A unificação dos movimentos sociais no enfrentamento ao golpe vivido no Brasil foi consenso entre todos os debatedores. “Precisamos garantir o que nos unifica, e temos muitos pontos em comum sim. O nosso maior desafio é pensar para além da nossa categoria. E esse não é um desafio só da engenharia, não. Essa é uma pauta que atinge toda nossa sociedade, e nós ainda temos a dificuldade de mobilizar em torno de uma pauta única, que nos permita olhar para o nosso Brasil, para além de nós”, defende a secretária da juventude da CUT-PR, Denila Coelho.

O diretor do Senge-PR, Cícero Martins, enfatizou a necessidade de uma pauta única. “Aqui estão entidades complementares, estamos construindo coletivamente, cada um tem o seu papel, mas atuando unidos, conseguimos ganhar força”, afirmou.

Para a presidente da UPE, Izabela Marinho, a auto estima do brasileiro está ameaçada e se faz necessário reagir. “Sucateamento no Brasil, criação do espírito de vira lata. Vamos acabar com esse estigma, porque nós somos bons, nós somos inteligentes. O Brasil é um país muito rico, e nós precisamos tomar a consciência disso para fazer o embate”, defende.

Engenharia pública

A importância da engenharia pública foi pautada no debate entre os estudantes presentes. A estudante do Senge-BA Aline Hojron, questionou “Para que a engenharia serve na transformação social? Para onde a gente quer que a engenharia vá? Queremos que ela fique sempre a margem dos momentos históricos?”.

A estudante de engenharia química da UFBA, Lizandra Moreira, defende a necessidade de falar sobre a engenharia como movimento social nos espaços de transformação. “Quando as pessoas entram na engenharia, tudo é voltado para tecnologias. Precisamos falar sobre a engenharia pública, que visa melhorias na sociedade referentes a engenharia como utilidade pública”, afirma.

 

Texto: Marine Moraes