A cidade de Fortaleza (CE) sediou, entre os dias 15 e 18 de setembro, a 72ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia – SOEA, que a cada ano leva engenheiros, agrônomos, meteorologistas, geólogos, geógrafos, técnicos e tecnólogos, dos quatro cantos do país, a se reunirem para debater temas diretamente ligados ao desenvolvimento e à infraestrutura brasileira.
Assuntos como “Sustentabilidade: água e energia e inovação”, “Modernização e valorização da aprendizagem da Engenharia”, “O futuro do desenvolvimento tecnológico na agricultura” foram apresentados em palestras, seguido por debates com a plateia.
Dentre as palestras apresentadas, destacamos a “Transposição do Rio São Francisco”, ministrada por José Luiz de Souza, coordenador-geral de projetos de apoio ao desenvolvimento da Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, que explicou a necessidade de algumas mudanças no projeto da transposição, devido à topografia da região, que causou dificuldades que não haviam sido previstas. Segundo a diretora do Senge-PE, Eloísa Basto, que assistiu à palestra, “a discussão sobre este assunto é importante, principalmente para esclarecer para a sociedade que a obra não está parada e o porque de ter havido alguns ajustes no projeto e novas licitações ao longo do caminho”. A obra atenderá mais 12 milhões pessoas no semiárido nordestino.
Outra palestra bastante elogiada pelos nossos diretores foi o tema “Energia Nuclear no mundo e no Brasill”, apresentada por Gunter de Moura Angelkorte, físico e M.Sc. Engenharia Nuclear, que abordou sobre o funcionamento e importância das Usina Nucleares de Angra I e II para estabilidade do Sistema Elétrico da região sudeste. Ele enfatizou as perspectivas para produção de energia nuclear no Brasil e no mundo. Segundo Mailson da Silva Neto, engenheiro eletricista e diretor do Senge-PE, foi importante falar sobre este assunto porque “a sociedade ainda desconhece o papel estratégico da energia nuclear na matriz elétrica brasileira. O país é um dos poucos que domina o ciclo de produção do bolo amarelo °YELLOWCAKE° combustível usado no reator de fissão nuclear”.
O evento ainda contou com exposição de estandes, entre eles todos os CREA do país, o CONFEA e a FISENGE. O presidente do Senge-PE, Fernando Freitas constatou que “o estande do CREA-PE era um dos mais vibrantes do evento, enquanto o estande da FISENGE foi um dos mais participativos do evento”.
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